Para comunicar que os chicletes Big Big fazem as maiores "bolas", a empresa fez uma ação de guerrilha direcionada para o público infantil. Adoro coisas assim! Quanto custa mesmo pra fazer uma inserção de 30'' na Globo? Ah tá. Muitas vezes, basta uma ideia boa, ela compensa qualquer super produção.
Big Big | Bola Gigante from Haendel Dantas on Vimeo.
Texto: The show must go on
2 comentários Postado por Gabi às 23:11 Marcadores: esperança, morte, vidaEscrevi o texto abaixo quando meu avô faleceu, em fevereiro de 2006. Foi minha terceira perda, mas, perder alguém não é algo que se acostuma. Assim, resolvi transformar meus sentimentos em palavras e compartilhar com meus familiares. Pois inevitavelmente perderemos pessoas em nossas vidas, mas há sempre uma forma positiva de se encarar as coisas.
The show must go on
Talvez, eu devesse começar dizendo o quanto dói o vazio da perda. Assim como o vazio, o quão ruim é sentir essa saudade imediata. É algo que não se quantifica, e por um instante, temos a impressão de que iremos sofrer para sempre. E disso, infelizmente, agora sabemos bem. No entanto, sabemos também que como tudo na vida, essa dor passa, o vazio é preenchido e a saudade é amenizada. Pois somos muito mais que seres de dor – ela é apenas parte de nossas vidas, faz com que a gente cresça e enxergue muito além de nossa realidade.
Chega até ser irônico o fato de que a morte, sendo a única certeza desde o momento em que nascemos, é ainda um dos maiores mistérios e uma das coisas mais difíceis de encararmos. Afinal de contas, ninguém gosta de ver alguém que ama indo embora. E é para isso, principalmente, que existem as religiões e as crenças. Quaisquer que sejam, elas nos sustentam e nos fazem seguir com nossas vidas. Daí vocês me perguntam, “mas e aqueles que não têm fé?”, e eu lhes respondo: para eles, é mais difícil de encarar a perda, mas como todos os outros, há sim uma regeneração, pois ela faz parte da vida. Diariamente uma parte de nós morre, só para sentirmos o quanto é bom estarmos vivos.
A força interior conta muito nessas horas. Há aqueles que choram incansavelmente e demoram a se recuperar, assim como há outros, que mesmo tristes, conseguem ser fortes desde o começo e superam com mais facilidade. A tristeza é algo que não se mede, já que a intensidade vai de cada um – é muitas vezes diretamente proporcional ao amor que sentimos pela pessoa que se foi.
Temos nossas próprias limitações, medos e maneiras de enxergar as coisas. Mas uma coisa é certa, devemos sempre nessas horas, olhar para aqueles que dependem e precisam de nós e não nos deixar abalar. Passaremos diversas vezes por esses momentos. Hoje, choramos pela perda de alguém que amamos, amanhã, alguém que nos ama chorará por nossa perda - e assim continua o ciclo da vida.
Que consigamos sermos nós mesmos. E que sendo nós mesmos, que consigamos lidar com a morte, assim como lidamos com a vida, e que saibamos a hora certa de cessar as lágrimas e seguir em frente.
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