Desenhos que marcaram a infância
2 comentários Postado por Gabi às 23:21 Marcadores: desenhos, filmes, infânciaDesenho animado é algo único e inesquecível. Sempre que sai um novo no cinema eu assisto, até hoje. Mas tem alguns especiais que marcaram minha vida. Sabe aqueles desenhos que assistimos tanto que até decoramos as falas?
Então, há dois em especial que lembrei de prontidão. Um deles é o filme "Bernardo e Bianca", a história de dois ratinhos que vão salvar uma menina orfã de seus padrastos cruéis. Eu lembro que tinha um fita (sim, eu sou do tempo da fita) desse filme e assisti várias vezes.
O outro desenho que me marcou muito foi a série do Snoopy. Adorava assistir as aventuras do turma do Charlie Brown e seus amigos. Da série, não teve algum episódio que mais me marcou, gostava mesmo do contexto geral, da diferença de personalidade dos personagens.
Além desses, gostava também dos filmes da Disney, principalmente "A Branca de Neve" e "A Bela e a Fera".
É bom ser criança, num é mesmo? ;)
Para divulgar o filme "Ratatouille", a HBO promoveu uma ação no Uruguai. Colocou mala direta disfarçada de "buraco de rato" nas portas das casas das pessoas. Bem legal. Eu imagino a reação inesperada das pessoas! Tenho certeza de que quando elas puxaram e viram que era a divulgação do filme, deram risada e ficaram com vontade de assistir.
Ação Branca de Neve - Jornal Metro
1 comentários Postado por Gabi às 22:11 Marcadores: filmes, publicidade
Sexta feira estava indo para o trabalho, quando fui pegar o jornal Metro, como de costume. A pessoa que me entregou, me deu junto uma maçã envolvida em um plástico. No momento pensei "qual é a da maçã?", e logo olhei para o adesivo colado no plástico, indicando o DVD da Branca de Neve. Achei super bacana. Receber uma maçã da Branca de Neve é algo ousado, e de baixo custo. Na primeira página do jornal havia também um anúncio, comunicando o relançamento do DVD do filme e lançamento do Blu-ray.
Obs: Não liguem pra foto desfocada.
Para comunicar que os chicletes Big Big fazem as maiores "bolas", a empresa fez uma ação de guerrilha direcionada para o público infantil. Adoro coisas assim! Quanto custa mesmo pra fazer uma inserção de 30'' na Globo? Ah tá. Muitas vezes, basta uma ideia boa, ela compensa qualquer super produção.
Big Big | Bola Gigante from Haendel Dantas on Vimeo.
Texto: The show must go on
2 comentários Postado por Gabi às 23:11 Marcadores: esperança, morte, vidaEscrevi o texto abaixo quando meu avô faleceu, em fevereiro de 2006. Foi minha terceira perda, mas, perder alguém não é algo que se acostuma. Assim, resolvi transformar meus sentimentos em palavras e compartilhar com meus familiares. Pois inevitavelmente perderemos pessoas em nossas vidas, mas há sempre uma forma positiva de se encarar as coisas.
The show must go on
Talvez, eu devesse começar dizendo o quanto dói o vazio da perda. Assim como o vazio, o quão ruim é sentir essa saudade imediata. É algo que não se quantifica, e por um instante, temos a impressão de que iremos sofrer para sempre. E disso, infelizmente, agora sabemos bem. No entanto, sabemos também que como tudo na vida, essa dor passa, o vazio é preenchido e a saudade é amenizada. Pois somos muito mais que seres de dor – ela é apenas parte de nossas vidas, faz com que a gente cresça e enxergue muito além de nossa realidade.
Chega até ser irônico o fato de que a morte, sendo a única certeza desde o momento em que nascemos, é ainda um dos maiores mistérios e uma das coisas mais difíceis de encararmos. Afinal de contas, ninguém gosta de ver alguém que ama indo embora. E é para isso, principalmente, que existem as religiões e as crenças. Quaisquer que sejam, elas nos sustentam e nos fazem seguir com nossas vidas. Daí vocês me perguntam, “mas e aqueles que não têm fé?”, e eu lhes respondo: para eles, é mais difícil de encarar a perda, mas como todos os outros, há sim uma regeneração, pois ela faz parte da vida. Diariamente uma parte de nós morre, só para sentirmos o quanto é bom estarmos vivos.
A força interior conta muito nessas horas. Há aqueles que choram incansavelmente e demoram a se recuperar, assim como há outros, que mesmo tristes, conseguem ser fortes desde o começo e superam com mais facilidade. A tristeza é algo que não se mede, já que a intensidade vai de cada um – é muitas vezes diretamente proporcional ao amor que sentimos pela pessoa que se foi.
Temos nossas próprias limitações, medos e maneiras de enxergar as coisas. Mas uma coisa é certa, devemos sempre nessas horas, olhar para aqueles que dependem e precisam de nós e não nos deixar abalar. Passaremos diversas vezes por esses momentos. Hoje, choramos pela perda de alguém que amamos, amanhã, alguém que nos ama chorará por nossa perda - e assim continua o ciclo da vida.
Que consigamos sermos nós mesmos. E que sendo nós mesmos, que consigamos lidar com a morte, assim como lidamos com a vida, e que saibamos a hora certa de cessar as lágrimas e seguir em frente.
Retrato da Monalisa feito com aproximadamente 4.000 copos de café em Sidney, na Austrália. Achei impressionante, um trabalho muito bem feito. Admiro muito esses artistas que conseguem transformar objetos simples em obras de arte. Quem realizou foi uma marca australiana, chamada Gringers Coffee, que reuniu diversos artistas no Rocks Aroma Festival.
Tweet Harry Potter
0 comentários Postado por Gabi às 12:27 Marcadores: filmes, Harry Potter, internet, publicidade, TwitterUma ação bem bacana foi desenvolvida pro Twitter para a divulgação do filme "Harry Potter e o Enigma do Príncipe", da Warner Bros. Através do site http://www.harrypottertweet.com/ o usuário pode escolher uma poção ou feitiço e enviá-lo para um de seus amigos "trouxas" do Twitter, a pessoa recebe uma direct message e ao clicar no link, vê o perfil sendo atingido pela magia!
Sobre Livro "Os homens que não amavam as mulheres"
0 comentários Postado por Gabi às 23:36 Marcadores: livro
O título justifica-se ao longo do livro, confirmando-se no final. "Os homens que não amavam as mulheres" de Stieg Larsson, é o primeiro livro de uma trilogia.
Conta a história do jornalista Mikael Blomkvist, que acaba de ser condenado por difamação por publicar uma matéria contra um financista famoso. Ele prevê a crise que atinjirá a sua revista, Millenium, quando recebe uma proposta de Henrik Vanger, patriarca de um império industrial. Ele oferece apoio para salvar a revista Millenium, provas contra o financista, além de uma boa quantia em dinheiro; caso Mikael aceite conduzir a investigação do desaparecimento misterioso de sua neta Harriet Vanger, que Henrik acredita ter alguma participação de alguém de sua própria família. Mikael aceita a proposta, e com a ajuda de Lisbeth Salander, uma hacker genial, descobre muito mais do que gostaria.
Tive vontade de ler quando li o título, e com certeza o livro superou minhas expectativas. A história, classificada como "romance policial", é daquelas que não se consegue parar de ler. As peças do quebra-cabeça se unem ao desenrolar da trama, envolvendo o leitor. O livro é excelente e não se utiliza de temas clichê - fazia tempo que não lia algo assim. Terminei o livro com um carinho especial pelos personagens principais, até mesmo pela esquisitinha Lisbeth Salander. É muito bom acompanhar cada fato descoberto pelos dois. Com certeza recomendo a leitura, e assim que ler o segundo livro da trilogia "A menina que brincava com fogo", farei um breve comentário aqui também também.
Filmes com super produção, formatos especiais em revista, investimentos altos - tudo isso chama muito a atenção em propaganda. Particularmente, gosto muito mais de anúncios funcionais, que transmitem a mensagem claramente, sem rodeios e com uma boa sacada por trás, ou seja, uma boa idéia aplicada em uma peça simples. A série de anúncios abaixo, do canal Futura, exemplificam bem o que eu quis dizer.
Caso tenha dificuldade para ler, o que está escrito no quadro ao lado é: "E assim surgiu [objeto que é citado em cada anúncio]. Perguntar sempre foi o primeiro passo para evoluir. Questione. Mude. Conheça."
:(
Com apenas 50 anos, o maior influenciador da dança que eu tanto amo acaba de falecer...
Com esse luto, acho que todos devem refletir até onde a mídia consegue modificar a vida de uma pessoa.
Só isso.
:(
Eu não te conheço
Mas já sei que eu o amo
Ainda mais por causa disso
As palavras caem de mim
E sempre me enganam
E eu não consigo reagir
Eu sei que isso não é um jogo
Apesar de parecer
Os que acham, desgastaram sozinhos
Pegue este barco e o aponte para casa
Ainda temos tempo
Ressoe sua voz esperançosa, você tem uma escolha
E você a fez agora
Se apaixonando aos poucos, olhos que me conheceram
E eu não quero voltar atrás
Humores que me tomam e deixam deprimido
Você já sofreu o bastante
E brigou consigo mesmo
É hora de você vencer
Pegue este barco e o aponte para casa
Ainda temos tempo
Ressoe sua voz esperançosa, você teve uma escolha
E você a fez agoraSe apaixonando lentamente, cante sua melodia
Eu cantarei junto
Juntos cantaremos
Outro dia postei cartazes de filmes feitos de Lego, e hoje encontrei um trecho do filme "Indiana Jones" recriado em stop-motion pela "True Dimensions" com os bonequinhos. Vale a pena conferir, achei super bem feito.
Quer ver mais? No site da True Dimensions tem mais um, criado pro Star Wars.
http://www.truedimensions.com/timesage/movies.htm
Sobre Livro "Ensaio sobre a cegueira" - José Saramago
0 comentários Postado por Gabi às 22:07 Marcadores: livro"Ensaio sobre a cegueira" não foi o melhor livro que já li, mas provavelmente um dos mais marcantes - motivo pelo qual escrevo esse comentário. Conta a história de uma epidemia repentina de cegueira branca que começa a afetar uma cidade inteira e a espalhar-se sobre o país. Os infectados são colocados em quarentena, sob condições péssimas, cenário onde a história se desenrola. Porém, nem todos em quarentena são infectados: a mulher de um médico, que protagoniza a história, permanece enxergando, e assim, torna-se uma guia para os demais.
No início mostra-se uma leitura difícil, não há parágrafos e diálogos definidos, apenas linhas corridas. Além disso, outra característica particular do autor, é que ele não dá nomes aos personagens. São todos tratados por uma característica pessoal que chama mais a atenção. O livro é impactante e perturbador (até demais, por sinal). As cenas descritas são brutais, sujas e violentas. A perda de sentidos e quebra dos laços sociais, faz com que os personagens se nivelem, em uma busca enlouquecida pela sobrevivência. Através da mulher do médico, pude ver o quanto é desesperador representar os olhos de todos a sua volta e pouco poder fazer para ajudá-los. Certamente o livro representa uma crítica à sociedade demonstrando o quão frágil ela é em sua essência.
Não é uma leitura harmoniosa, está longe de ser um livro bonito. Mas com certeza mexe com as emoções, nos traz um outro panorama do mundo, por isso, eu recomendo.
Cannes Lions 2009 - Primeiro Leão Brasileiro
0 comentários Postado por Gabi às 21:01 Marcadores: publicidadeO primeiro Leão que o Brasil conquistou no Festival de Cannes deste ano foi hoje na categoria "PR Lions". A campanha vencedora foi criada pela LiveAD para a Rede Globo, com o intuito de divulgar a mini-série "Capitu". A campanha foi chamada de "Mil Casmurros" e foi desenvolvida na internet para promover uma leitura coletiva da obra de Machado de Assis. Confiram abaixo o vídeo case da ação!
One Thousand Casmurros from Livead on Vimeo.
Segue também, o link da campanha: http://www.milcasmurros.com.br/
A encenação sobre trechos da obra de Guimarães Rosa me deixou com uma mistura de sentimentos/sensações aparentemente opostos:
Acho que vocês já perceberam que eu gosto bastante de lego, não? O que mais me atrai é essa possibilidade de criar inúmeras coisas com apenas algumas pecinhas.
Adorei ver esses cartazes! Muito bem feito e criativo!
Vejam outros nesse link: http://speckyboy.com/2009/05/20/21-amazing-movie-posters-recreated-with-lego/
Semana passada estava lendo a introdução de um livro do Stephen King, quando vi o seguinte trecho que mexeu muito comigo:
"[...] muitas vezes recebo sorridentes apertos de mão de gente que, com um alegre ar de cumplicidade, me diz: 'Sabe, eu sempre quis escrever.' Eu costumava ser simpático. Hoje em dia, respondo com a mesma animação exultante: 'Sabe, eu sempre quis ser neurocirurgião.' As pessoas ficam sem jeito. [...] Se você quiser escrever, escreva. A única maneira de aprender a escrever é escrevendo. E esta não seria uma forma muito útil de se aprender neurocirurgia." (John D. Macdonald)
Sabe quando vem aquela sensação de que esse trecho foi escrito para você? Confesso que me senti envergonhada, pois eu também sou dessas que "sempre quis escrever". Sei muito bem que se eu treinasse, ao invés de esperar a inspiração chegar, eu aperfeiçoaria muito minha escrita. O que falta em mim é força de vontade, é aquele empurrão. É muito mais fácil eu não escrever, poupar trabalho. Mas e o meu sonho? Onde ele fica nessa história? Perdido, é claro. É lógico que ainda sou nova e blá blá blá, se eu resolver daqui a 40 anos virar escritora eu posso. Mas provavelmente não publicarei um livro com 60 anos, pois não terei experiência suficiente. Tenho medo de deixar um talento de lado, que se trabalhado, com certeza trará bons frutos. Haverão inúmeros obstáculos no meu caminho, tenho certeza de que quase tudo contribuirá para que eu me não torne escritora. Pessimismo? Não, apenas realidade. Falta de tempo, stress, vida pessoal, estudos, trabalho - tudo isso contribui para que não realizemos um sonho. Dá até para ser um pouco mais dramática e dizer que "o mundo conspira contra".
E no fim, no meio da grande ironia que é a vida, escrevo para contar que quero escrever! Insanidade? Ou isso já mostra algum avanço?
Obs¹: Meta para 2009: escrever ao menos um texto por mês.
Obs²: Bom mesmo, vai ser se daqui a alguns anos colocar esse texto no início de um livro escrito por mim. (Já até escolhi o título: missão cumprida)
A vida não é lá tão complicada assim. Mas também está longe de ser simples. Como vivo dizendo para minha irmã (tadinha) “fica tranqüila que depois piora”. E piora mesmo. Quando eu era criança reclamava da escola. Daí virei adolescente, vieram aquelas matérias com números e fórmulas que eu penso até hoje se usarei algum dia na minha vida (pessoal de exatas, não se ofendam). Assim, continuei reclamando da escola, e também queria ter mais liberdade. Acabou a escola! Eeee, problema 1 resolvido. E depois, veio o quê? Vestibular. O tão temido e comentado. E até que não foi tão ruim assim, foi bom não ter passado de primeira, assim consegui tempo para repensar meu futuro curso. De jornalismo para publicidade, hoje sei que fiz a escolha certa (ufa). E a liberdade? É proporcional às responsabilidades. Afinal, tudo na vida tem um preço a se pagar. E hoje, como eterna insatisfeita ainda não está tudo 100%. Sou muito feliz com o que estou vivendo, posso dizer que minha vida está bem encaminhada e que já posso planejar bem meu futuro. Maaaaas, essa faculdade não termina logo! Humpf! É, e sabe o que é pior? É pensar que muita gente diz que sente falta depois que acaba... ô vida!
Aquecimento Global
0 comentários Postado por Gabi às 23:15 Marcadores: meio ambiente, publicidade, revista
"Global Warming. We are living with it. Let's know it better."
Campanha de conscientização criada na Índia pela Sharp.
Gosto bastante quando uma peça publicitária que lida com assuntos sociais/ambientais sai bem feita. Não é genial, mas é simples e a mensagem passada é bem clara. Chega a ser até mesmo literal: "Cara, você pode até não tá vendo, mas o aquecimento global faz parte de sua vida. Tá na hora de acordar e fazer sua parte a respeito disso"
Assunto que não podemos deixar pra pensar depois. Porque o "depois" pode ser tarde demais...
Coca cola - Interactive factory
0 comentários Postado por Gabi às 16:19 Marcadores: intervenção urbana, publicidadeDoritos Sweet Chilli - Realidade Aumentada
1 comentários Postado por Gabi às 23:33 Marcadores: internet, publicidade, realidade aumentada
Hoje foi lançado um projeto novo desenvolvido para a edição especial Doritos sabor Sweet Chilli. As embalagens contem um símbolo de realidade aumentada que servem para liberar através do site (utilizando uma web cam) um "Doritos Lover" (um monstrinho 3D). O bichinho ainda pode interagir em um aplicativo do Orkut. Genial, não é mesmo? A Pepsico soube bem como criar uma campanha com interação entre produto e internet.
Hotsite da ação: http://www.doritos.com.br/sweetchili/site/
Projetos de arquitetura com Lego
2 comentários Postado por Gabi às 00:13 Marcadores: arquitetura, legoVergonha ou incentivo?
0 comentários Postado por Gabi às 23:44 Marcadores: intervenção urbana, publicidadeNão há nada que me deixe mais frustrada do que pedir sorvete de sobremesa,
contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente
uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido ? Uma só.
Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa. Aí a
vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um litro de
sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a
gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.
O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano. A vida anda cheia
de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade.
A gente sai pra jantar, mas come pouco.
Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.
Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a
imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').
Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.
Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo, mas tem medo de fazer papel
ridículo.
Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá, mas se
obriga a ir malhar. E por aí vai.
Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na
vida sem pegar recuperação...
Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente
sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...
Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado': deixar de lado a régua, o
compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.
Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o
que pensam a nosso respeito. Recusar prazeres incompletos e meias porções.
Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase
mais ou menos assim: 'Deus, dai-me continência e castidade, mas não
agora'...
Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos
(devemos?) desejar várias bolas de sorvete, bombons de muitos sabores,
vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração
saciado.
Um dia a gente cria juízo.
Um dia.
Não tem que ser agora.
Por isso, garçom, por favor, me traga: cinco bolas de sorvete de chocolate,
um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order', uma caixa de trufas bem
macias e o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente. OK ? Não
necessariamente nessa ordem.
Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago.
Human Vending Machine
0 comentários Postado por Gabi às 13:50 Marcadores: intervenção urbana, publicidadeO holandês Johan van der Dong inaugura no sábado uma instalação que consiste de uma secretária eletrônica para Deus.
Com a adaptação de um número local de telefone na Holanda, ele estimula as pessoas a deixarem suas mensagens e pedidos. O artista acredita que esta é uma oportunidade das pessoas refletirem sobre suas vidas.
http://www.johanvanderdong.nl
Legal né?
Tylenol cria painéis aquecidos pro inverno americano
1 comentários Postado por Gabi às 10:55 Marcadores: intervenção urbana, publicidadeHospital das Clínicas: Transplante
0 comentários Postado por Gabi às 15:40 Marcadores: indoor, publicidade(Gabriela de Aguiar Nunes)
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...
(Carlos Drummond de Andrade)
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